sexta-feira, 9 de maio de 2008

Pequenas atitudes...

No Brasil a noticia da vez ainda é sobre o caso da Isabella Nardoni (e sobre isso, não sai da minha cabeça uma piadinha sem graça que eu escutei há alguns dias: "Me joga da janela. Me chama de Isabella!". Cruel, eu sei, mas não sai! Saaaai, piada!).

Mas não é sobre isso que venho falar, e sim, sobre o aquecimento global. Na verdade, seria um re-falar, pois tudo gira em torno de um "segundo Mark Lynas".

Aquecimento global não é novidade, mas apenas agora ele virou uma espécie de alarde, todos têm alguma coisa a dizer, mas a maioria continua vivendo como se ele não existisse. Todos falam sobre o que poderá ocorrer, mas grande parte das pessoas não percebe que tudo já está acontecendo. Por aqui, eu continuo pegando meu carrinho e batendo aí a fora (‘I do a road hog’), jogando pontas que demoram dez anos, eu disse DEZ ANOS para se decompor.
Enfim, o que Mark Lynas disse:
Se parássemos de emitir, HOJE, os gases que causam o efeito estufa, os resquícios deles ainda ocasionariam um aumento da temperatura global de 0,5 a 1 grau centígrado.
Um aquecimento superior poderia gerar:
Um grau: O Ártico ficaria sem gelo no meio do ano; o nível do mar subiria a tal ponto que deixaria centenas de casas embaixo d´água; diversos furacões no Atlântico Sul; secas no oeste dos EUA e as regiões que são áridas ficariam semidesertas;
Dois graus: As geleiras da Groenlândia iriam derreter em um ritmo mais acelerado; os usos polares poderiam ser extintos; e não apenas eles, as mais variadas vidas marinhas, com os arrecifes de coral das zonas tropicais; ilhas começariam a desaparecer;
Três graus: a Amazônia poderia enfrentar ciclos de secas e queimadas; acabaria a neve eterna dos Alpes; o Mediterrâneo e parte da Europa secariam com o calor; o oceano com uma temperatura elevada faria o clima mundial instável; furacões em todas as partes do globo de 6 pontos na escala; nessa fase, seria, provavelmente, o ponto de não-retorno, que modificaria definitivamente o modo de viver na Terra.
Quatro graus: o gelo do Ártico desapareceria completamente; o nível do mar continuaria subindo a ponto de países (como Egito) e cidades (como Veneza) desaparecerem; após o estágio de inundações, ocorreria uma escassez de água e alimentos; as geleiras do Himalaia desapareceriam (até 2035);
Cinco graus: potencial conflitos por escassez de recursos; as águas dos oceanos perderiam seus nutrientes; as zonas temperadas do hemisfério norte e sul ficariam inabitadas;
Seis graus: os desertos invadiriam os continentes; as catástrofes seriam cotidianas; diversas cidades do mundo ficariam debaixo d´água.

É complicado visualizar o que esse conservacionista mencionou, mas eu juro que não quero ver para acreditar. É difícil também acreditar que o consumo em massa possa acabar, porque de uma forma ou de outra, mais ou menos, boa parte das seis bilhões de pessoas que vivem nesse planeta, contribuem para que ele perdure.
Mas é possível encontrar formas de colaborar, seja para esse, ou para outros problemas globais, umas fáceis, outras mais complicadas.
Posso citar “n” maneiras, como:
-Reciclar
-Usar transportes públicos;
-Não utilizar copos descartáveis (isopor e plástico)
-Selecionar o lixo
-Diminuir o uso do ar-condicionado
-Usar menos água
-Apagar as luzes
-Usar sacolas reutilizáveis
-Plantar árvores
-Não desperdiçar papel
-Comer menos carne
-Verificar os aparelhos, como a geladeira
-Evite elevadores
[Enfim, você sabia que é possível ajudar reduzindo a velocidade? Então, com menos 16 km/h o consumo de gasolina pode cair em até 20%, e com apenas 8 km/h é possível diminuir anualmente 10 toneladas dos gases do efeito estufa. Assim, você economiza dinheiro e diminui as emissões CO2.]

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Bom.. seis das "n" maneiras mencionadas eu faço, contudo poderia fazer mais algumas sem esforço...

As maiores preocupações são as queimadas, indústrias e uso de carrinhos.
Quanto aos combustíveis fósseis seria legal se realmente fossem substituídos futuramente por biocombustíveis, o brasil já está plantando muito mais cana-de-açucar que os anos passados, e almentanto gradativamente.

Eu também acho que não são todos que se preocupam com isso.. alguns que já conversei até pensam "eu vou está morto daqui para que o mundo entre em total desordem".
Outro não tem consciência nem do que está acontecendo.

Quem tem consciência poderia tomar iniciativas, embora eu ache que eles estão todos bem acomodados, ou com mentes ainda ultrapassadas pesem "que adianta eu fazer, se o resto não".

Eu gosto dos ursinhos polares. :\

Ianara disse...

a substituição por biocombustíveis (nome que muitos ambientalistas desejam mudar, pq o prefixo "bio" da passa uma imagem boa, pois significa vida) é apenas um paliativo, pois a monocultura, gera outro problema, dessa vez no solo, que o torna cada vez mais infértil, e ainda, o desmatamento para construir canaviais (no Brasil, a cana-de-açúcar é a maior fonte, mas existe outras fontes), e as queimadas da cana (que gera consequentemente, mais CO2, mais efeito estufa...). Assim, remover florestas para construir as fontes de biocombustíveis não me parece ser uma saída lógica.
Até porque o desmatamento contribui cerca de 25% para a emissão de gás-estufa.