sábado, 26 de julho de 2008


[Entrelaçaram as mãos como se ninguém mais existisse ali]

Em meio a bafafás, chegaram a dizer que esse entrelaçar, esse carinho, era apenas uma atração, como aquelas chuvas de verão, outros, especularam sobre o amor que estava adormecido há algum tempo, mas que teimava em ser verdadeiro.

Confesso que essa notícia embrulhada me deixou um pouco espantada, porque nunca tinha visto uma cidade inteira se movimentar por um simples entrelaçar de mãos. Ela – a cidade – estava dividida, querendo saber se era apenas prazer ou, unido a este elemento, havia o amor.

Alguns dias depois, eu soube que a história deles foi um tipo precoce, começaram a namorar no início da adolescência, ambos demasiadamente sonhadores, ora sonhando, cada um, em suas casas, ora, na casa que eles construíam juntos. Mas, apesar de devaneador, ressaltaram-me que o relacionamento deles era simples, bonito, havia compreensão e afinidades, e sempre juravam que, mesmo que as suas vidas tomassem rumos diferentes, por algum tempo, no final, iriam ficar juntos.

Uma, dentre as pessoas que me contaram essa história, não soube me dizer bem o que aconteceu, mas sempre ressaltava que não conseguia compreender como tudo aquilo, como todo aquele dois em um conseguiu se perder. E enfatizava com uma voz fervorosa: ‘era tão grande, como pôde se perder?’. Notei, obviamente, que esse indivíduo fazia parte do grupo que teimava em dizer que a inclinação amorosa era verdadeira. Então, chegou, aos meus ouvidos, outra versão, contada, dessa vez, por um senhor de meia idade, desenganado, após ‘um caso de amor frustrado com Elena, filha do banqueiro’. O senhor disse, em tom convicto, que tudo isso fora uma afeição passageira, confessava que não poderia desconsiderar o que ambos tinham vivido, mas foi sorte cada um ter seguido o seu rumo, porque a vida é curta demais para aquelas coisas, e que as juras nada mais eram do que devaneios de crianças.

Tive muita vontade de reunir esses dois, procurar entender o que lhes tinha ocorrido, pois não consegui, até hoje, eleger a corrente verdadeira. Mas acredito em algo, acredito que amores verdadeiros não morrem, nunca, no entanto, machucam.



terça-feira, 22 de julho de 2008

O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
(Bertolt Brecht)


[João Pessoa, terça-feira, 22 de julho de 2008]
[Faltam 75 dias para as Eleições - Municipais - 2008]

sexta-feira, 18 de julho de 2008

notícias

Um anão que costuma se apresentar no Festival de Artes de Edimburgo teve de ser levado às pressas para o hospital, depois que seu pênis ficou preso num aspirador durante uma de suas performances.Daniel Blackner, conhecido como "Capitão Dan, o Anão Demônio", tinha de se apresentar num dos espetáculos organizados pelo festival chamado "Circo de Horrores", que é conhecido por suas apresentações fora do comum.

A parte principal da performance consistia na aparição de Dan no palco com um aspirador preso ao seu membro através de uma espécie de engate.

No entanto, o dispositivo quebrou antes da apresentação e Blackner tentou consertá-lo usando uma super-cola. O problema foi que ele só deixou secar por 20 segundos, em vez dos 20 minutos necessários, e em seguida colocou a peça em seu órgão. O resultado final foi uma colagem firme, risadas, pavor na platéia e a hospitalização do Capitão Dan.

"Foi o momento mais embaraçoso da minha vida. Fui removido de maca com um aspirador preso no meu corpo" disse Blackner.

"Eu só queria desaparecer da face da Terra. Por sorte, fui atendido prontamente, por isso a vergonha passou rapidamente", concluiu.


enquanto isso, em Londres .....

"Um mestre de obras polonês foi despedido depois que o encontraram em pleno ato sexual com um aspirador, em Londres. O encarregado, que deveria fechar o local depois do fim do trabalho, foi surpreendido nu e de joelhos, na sala de jantar de empregados de um hospital infantil britânico, de acordo com o jornal 20 minutos.Sem acreditar, um guarda que fazia a segurança do centro clínico de Great Ormond pediu que o homem se limpasse e fizesse o mesmo com utensílio antes de sair.Ao ser interrogado por seus superiores, o homem afirmou que estava "aspirando suas cuecas" e que isto era uma prática habitual na Polônia, segundo informa o Daily Telegraph.Uma testemunha disse que o guarda se surpreendeu porque o homem "gritava mais forte do que o aspirador"."


quarta-feira, 16 de julho de 2008

[não vou aprender isso nunca]
[seja a trote ou a galope]
[subindo ou descendo]



o ar estava fresco, nele pairavam aromas fantásticos. e, pertinhos, começou a chover. cabelos à volta do rosto, gostava de dançar. a verdade é que tudo foi maravilhoso. mas, muitas vezes não sabemos o que nos espera. às vezes pode chegar algo fino ou fatiado, e, mesmo que não seja muito consolador, a boa intenção faz uma atitude perdurar.